Para conseguir o emprego dos seus sonhos, ter um diferencial entre os candidatos é sempre uma boa estratégia. Ter experiências interessantes, dominar idiomas e habilidades específicas fazem parte das opções. Nesta lista também estão cursos de pós-graduação que, nos últimos anos, têm se popularizado e engordando o currículo de muitos profissionais.

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De acordo com o professor da IBE-FGV e especialista em Recursos Humanos e Gestão de Pessoas VAGNER SANDOVAL, no passado, a especialização colocava o candidato em vantagem. “Poucas pessoas tinham acesso aos conteúdos especializados. Atualmente, principalmente em função dos recursos de informática utilizados pela área (ensino a distância, por exemplo), a pós-graduação não provoca um grande impacto. Pode-se dizer que é, praticamente, uma capacitação obrigatória na maioria dos segmentos empresariais”, aponta.

DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL

Apesar da diminuição do impacto de uma pós-graduação, procurar este tipo de especialização é importante para formação profissional e para o estabelecimento de um foco na carreira desejada. “Ela é DIFERENTE DA GRADUAÇÃO que tem uma formação generalista. Certamente, a pós demonstra um INTERESSE E PREPARO MAIOR para determinado assunto”, afirma CLÁUDIA FRAGA, diretora da CTrês Consultoria de Desenvolvimento e de Projeto de Carreira.

Muitas vezes, o curso superior serve apenas como uma base para o desenvolvimento profissional. Ao adquirir conhecimentos e ampliar a visão do mercado e seus interesses pessoais, você pode se identificar com determinado segmento e partir para a especialização desejada. “A pós-graduação precisa estar ligada ao PROJETO FUTURO, onde se quer chegar”, completa Cláudia.

Segundo o especialista Sandoval, não é só a educação formal que é levada em consideração em um processo seletivo. “EXPERIÊNCIA, HABILIDADES e ATITUDES também contam. Assim, esta dissonância na formação pode ser minimizada se o candidato conseguir comprovar que pode trazer o resultado esperado pela organização. É um caminho mais difícil, mas pode acontecer”, fala.

A ESCOLHA

Se você está sentindo que sua carreira profissional precisa alavancar novos voos, ALESSANDRA PAULELLI, também diretora da CTrês Consultoria de Desenvolvimento e de Projeto de Carreira, recomenda que você faça essa escolha DEPOIS DE ALGUNS ANOS DE PRÁTICA.

“Muitos jovens optam por fazer pós-graduação logo após o final da graduação, sem ter uma visão abrangente da área escolhida e sem a experiência necessária para poder fazer um programa de pós que possa agregar efetivamente valor na carreira”, afirma Alessandra.

É válido lembrar que, para partir para uma especialização, é OBRIGATORIAMENTE NECESSÁRIO SER FORMADO EM ALGUM CURSO SUPERIOR. “Fazer uma graduação e não se especializar no assunto é um demérito quando o assunto é concorrência por uma vaga de trabalho. Elas são complementares e importantes”, explica Sandoval.

Veja agora algumas dicas que vão te ajudar a escolher o curso de pós-graduação que mais tem a ver com você e com seus objetivos:

– Tenha AFINIDADE com a área de pós-graduação escolhida. Não faça o curso por obrigação. “Quem faz o que gosta sempre entrega melhores resultados”, fala o professor.

– ANALISE A QUALIDADE DO CURRÍCULO oferecido pela instituição de ensino. “Como em toda a compra, visando alinhar corretamente as expectativas e evitar frustrações futuras, o profissional deve estudar em detalhes tudo aquilo que será oferecido”, explica Sandoval.

– PESQUISE A REPUTAÇÃO DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO. O título que será conferido pela pós funciona como uma marca para o profissional, que precisa ser considerada pelo mercado.

QUANTO MAIS, MELHOR?

Com a ansiedade de estar sempre se reciclando e adquirindo novos conhecimentos, o excesso de cursos de pós-graduação pode acabar por atrapalhar a visão que os empregadores têm de você.

Segundo Cláudia Fraga, buscar muitas especializações PODE SIGNIFICAR FALTA DE FOCO E DE PROFUNDIDADE NAS MATÉRIAS. “Caso haja uma complementariedade, a procura por maior qualificação é sempre bem vista. Contudo, difícil é ser especialista em muitas áreas”, complementa.

By: Cláudia Fraga

Cláudia Fraga